Em um evento que tem gerado tanto curiosidade quanto controvérsia, a exposição ‘Rio Acima – Uma Jornada pelo Xingu’ chegou ao Sesc Niterói, provocando uma verdadeira divisão de opiniões entre os críticos de arte e o público. Com foco em obras de artistas indígenas e periféricos, a mostra levanta discussões sobre a centralização da arte autenticamente brasileira em detrimento das tradicionais referências eurocêntricas.
A exposição, definida por alguns como uma provocação ao status quo das galerias elitizadas, transformou o Sesc Niterói em um reduto cultural, mas não sem causar discórdias. Enquanto muitos celebram a decisão de promover uma imersão sensorial na cultura dos povos originários, outros não hesitam em expressar seu descontentamento com o enfoque, alegando que o espaço deveria representar uma pluralidade mais ampla de estilos e não apenas a visão de um grupo específico.
Os artistas envolvidos, entretanto, defendem a exposição como um passo crucial para o reconhecimento de vozes historicamente silenciadas no cenário artístico brasileiro. “É uma oportunidade única de mostrar nossa visão de mundo sem filtros impostos”, afirma um dos expositores, despertando reações de apoio e críticas acaloradas. A controvérsia só aumenta a expectativa em torno da mostra, que apesar das polêmicas, seguiu firme com sua programação repleta de debates e apresentações ao vivo, reafirmando seu papel provocador no Sesc Niterói.